Nossa Senhora do Amor Divino

Tem-se notícia da devoção à Virgem sob este título já no século XIII, quando naquela região da planície romana foi construída uma espécie de fortaleza da família Savelli-Orsini, chamada Castel di Leva.

Sobre uma torre do castelo havia uma imagem da Virgem assentada no trono, tendo ao colo o Menino Jesus. Uma pomba desce sobre a Virgem como símbolo do Espírito Santo, que é mesmo o Divino Amor. A imagem, naquela época, era muito venerada pelos pastores da região.

Imagem original de
Nossa Senhora do Divino Amor

Na primavera de 1740, um viajante que se dirigia a Roma, chegando perto da torre, foi assaltado por uma multidão de cães e estava para ser devorado; o pobrezinho levantou os olhos, viu a sagrada imagem e pediu ajuda à mãe de Deus; o milagre se realizou: os cães dispersaram-se de repente, fugindo pelos campos.

Santuário Nossa Senhora do Divino Amor (Roma)

Em 1944, Roma corria o perigo de ser destruída por causa da guerra. No dia 24 de janeiro o quadro da Virgem foi transferido para a cidade. Esteve em várias igrejas até chegar na igreja de Santo Inácio, onde, no dia 4 de junho de 1944, o povo de Roma, para obter a libertação da cidade fez três promessas à Virgem: de mudar a própria vida, de erigir um novo Santuário e de realizar uma obra de caridade, em sua honra.

Nossa Senhora realiza o milagre e Roma é salva. O Papa Pio XII, no dia 11 de junho de 1944, foi rezar com os romanos e deu a Nossa Senhora do Divino Amor o título de "Salvadora de Roma". E até hoje são levados aos pés da Virgem as intenções da Igreja de Roma e as de seus cidadãos.

Devoção de Nossa Senhora do Divino Amor no Brasil.

Imagem de Nossa Senhora do Divino Amor 

que está presente na capela principal do 

Seminário Diocesano em Petrópolis

A estrada aberta na Serra da Estrela por Bernardo Soares de Proença, no século XVIII, atraiu para a região serrana do Rio de Janeiro o casal português Manoel Antunes Goulão e Caetana de Assumpção com sua filha única Brites Maria de Assumpção Goulão. Em terras vizinhas às da fazenda do referido casal, no Rio da Cidade, vivia o jovem Manoel Correia da Silva, português, solteiro, nascido na Guarda, que se casou com Brites de Assumpção Goulão, portuguesa de que nasceram seis filhos. Toda a família era devota de Nossa Senhora do Divino Amor.

Em outubro de 1749, Manoel Antunes Goulão pediu licença à Câmara Eclesiástica do Rio de Janeiro para edificar uma capela em sua fazenda, dedicada a Nossa Senhora do Divino Amor. Obtida a licença, a capela foi construída e inaugurada em 1751. Acredita-se que a imagem da padroeira dessa capela veio de Portugal para a inauguração da pequena capela, a imagem possuía traços diferentes da tradicional de Roma, cuja imagem não possuía o menino Jesus nos braços, mas o próprio Espírito Santo.

A fazenda era próspera, a capela muito frequentada e a proteção de Nossa Senhora era manifesta. Por volta de 1782, seus responsáveis Manuel Correia da Silva e filhos resolveram mudar a sede da fazenda para o local onde hoje se encontra o Colégio Padre Correia, em Petrópolis; foi motivo da mudança a vantagem de ficar mais próxima da nova estrada para as Minas Gerais (conhecida pelo nome de “mineira”).

Altar original da primeira capela que foi

 transferido para o atual santuário

Junto à nova sede da fazenda, o Padre Correia, que por morte de seu pai Manuel Correia, assumiu a administração de toda a propriedade, construiu a capela de Nossa Senhora, que ainda existe e é tombada pelo Patrimônio Histórico. No fim do século XVIII, a capela é referida em todos os documentos eclesiásticos com o título de Nossa Senhora do Amor Divino, talvez por expressão mais popular, perfeitamente correta. Hoje, a atual matriz é um santuário diocesano.

Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino

Um dos milagres atribuídos a Nossa Senhora do Amor Divino, foi pedido pelo primeiro bispo da diocese de Petrópolis. Que ao ver a necessidade da construção de um seminário, foi pedir essa graça a Nossa Senhora, que prontamente o atendeu. Hoje, o Seminário, também dedicado a Senhora do Amor Divino, encontra-se a poucos metros da atual paróquia e da antiga capela.

Referências Bibliográficas:

http://www.prestservi.com.br/diaconoalfredo/titulos_maria/d/divinoamor.htm

http://www.comunidadesiao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2192%3A31-de-maio-devocao-a-nossa-senhora-do-amor-divino-padroeira-da-diocese-de-petropolis&catid=106%3Amaria&Itemid=85